21.ª blague
EH, PÁ!!! AO MENOS NÃO ESQUEÇAM A PADEIRA DE ALJUBARROTA
A culpa disto tudo é do "Sol", o novo semanário que, num dos primeiros números resolveu apresentar uma sondagem na qual 27% dos portugueses (ainda bem que, a que eu saiba, não meteu alentejanos) inquiridos (?) revelou que não se importavam de ser espanhóis.
Os espanhóis agarram-se a isto e agora não há semana sem que um dos jornais de Castela tente demonstrar que nós dávamos era uma boa 15.ª região às ordens d'el rey D. Juan Carlos de Bórbon (eu gosto mas é com U e tem 47 graus).
Entretanto, regressada do "exílio" dourado em terras de sua magestade - não, não é do João Carlos! Ainda não!, é mesmo da raínha de Inglaterra - a dona Maria Elisa resolveu vir perguntar-nos quem terá sido o maior português de todos os tempos.
Ainda no mesmo "Sol" leio barbaridades como a de que figuras como a Catarina Furtado, o Herman José, o Marco Paulo e até (vemmmmmm João Carlos, antes castelhano que tal sorte!) o zezinho Castelo Branco (bleurghhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!) já foram votados... e que num inquérito de rua recolheram respostas do género: os Maias foram escritos (ao que parece a três mãos - se é que nenhum deles era ambidestro) pelo Victor Hugô (assim, para perceberem que era francês), pelo Camilo Castelo Branco ou pelo Almeida Garrett; que Miguel Torga escreveu o Memorial do Convento ou que o doutor Egas Moniz, nosso o primeiro Prémio Nobel, morreu "entalado" no Martim Moniz (querem ver que comprou um telemóvel sem bateria aos indianos?)...
Eeeeeh pahhhhhh!
Se viermos a ser mais uma região da Hispânia, ao menos que nunca nos esqueçamos da padeira de Aljubarrota. Por mais que não seja para, no meio de uma discussão com qualquer "irmão" de Valladolid, de Toledo ou de Burgos podermos dizer... "vê lá se queres ver a padeira!...»